quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Relato de parto



Já aviso que o relato vem em partes, pois quis contar cada detalhe!

O começo...


No dia 03 eu tive reunião com minha chefe. Nessa tarde eu falei que não sabia se conseguiria terminar o trabalho previsto para o fim da semana. Ainda faltava muita coisa e eu estava com dificuldades de me concentrar, com contrações que incomodavam. A cada uma delas eu tinha que parar o que estava fazendo para respirar, pois comprimiam meus pulmões. Além disso, eu sentia que ela ia chegar antes da hora prevista. Prevista por mim, devo dizer, que tinha certeza que ela ia chegar perto do fim da gravidez, dia 21, quando eu completava 41 semanas. Afinal, ela era pequena, minha barriga ainda tinha muito a crescer e eu precisava terminar esse trabalho...

Mas no final, quem decide isso não sou bem eu... E nessa reunião eu sentia que ela ia chegar antes. Falei pra chefa, que achou uma pena tão perto do fim "abandonar" o barco. Eu também achava. Por isso ainda trabalhei três dias, intensamente!

Na noite do dia 05 para o dia 06 eu já acordei algumas vezes a noite por causa das contrações, mas não percebi que meu corpo já estava se preparando para o nascimento da minha sapinha. No dia 06 eu ainda trabalhei normalmente e até escrevi um post relatando os incômodos do fim da gravidez (se quiser ler, clique aqui). Eram contrações incômodas, mas nada além disso. Durante o dia foram se intensificando, mas só percebi que eram as tais contrações pré-parto de noite. Ainda mandei mensagem no grupo de whatsapp da família dizendo que as contrações estavam chatinhas, mas que ainda não eram as tais do parto. E fizeram apostas de quando ela nasceria!

Na noite do dia 06 para o dia 07 eu suspeitei que a sapinha logo nasceria. Comentei com minhas irmãs e falei para não comentarem, pois ainda era só uma suspeita. Comecei a cronometrar o intervalo das contrações. É... elas estão vindo a cada 10 minutos. A suspeita começou a virar certeza! O marido já dormindo, eu não quis acordar, ainda faltava muito pro parto... Queria que ele descansasse, só ia acordá-lo quando estivessem a cada 5 minutos. Passei a madrugada inteira marcando as contrações. Enquanto esperava a próxima conversava com minhas irmãs que, parceiras, lá no Brasil, passaram a noite acompanhando, conversando, querendo saber cada detalhe. E ia ao banheiro! Muito! Meu intestino se esvaziava completamente! Muito louco! Eu que tinha medo de fazer cocô durante o parto (ouvi histórias sobre isso), entendi que a natureza é sábia e não tinha a menor chance de isso acontecer.

As contrações já estavam mais frequentes, a cada 5 minutos, e às 6:30 da manhã acordei o marido. Ele acordou um pouco atordoado, confuso. Tentava raciocinar o que fazer, saltar da cama e correr pro hospital? Tomar banho antes? Falei que não tinha pressa, que ele podia tomar banho, tomar café... e continuei contando as contrações, que perderam o ritmo: 7 minutos, 5 minutos, 10 minutos... Na dúvida se íamos ou não ao hospital, liguei lá. Eles disseram para esperar estarem ritmadas.

O marido ansioso foi arrumar o quarto dela, que estava cheio de coisas, pouquíssimas dela.


Quarto montessori, em preparação

E eu continuei contando as contrações... 5 minutos, 5 minutos, 5 minutos... Vamos pro hospital! A cada contração eu segurava a mão dele e apertava, concentrada nele. Durante o trajeto ele perguntou se queria que parasse o carro durante a contração. Querer, eu queria, mas não precisava. Então fomos direto. Paramos no estacionamento e subimos na urgência. Isso já eram 10 da manhã e tinham outras duas moças na sala de espera com barrigões, já tinham passado do termo. Elas comentavam como era injusto elas passando e o pessoal tendo bebê prematuro! E eu com minha barriga aparentando 6 meses! rs

Fomos até a secretária que perguntou quando era o termo. Dia 21, eu disse. "De outubro?" ela perguntou meio na dúvida. Isso, de outubro. Era o marido que respondia a maior parte das perguntas. Eu estava focada, mas tranquila e numa marcha meio lenta pra tudo que não era eu. É como se eu não estivesse presente ali, estava presente só no meu corpo, dentro dele e unicamente dentro dele. Não estava conectada no resto do mundo. Ele, ao contrário, ansioso, queria poder ajudar o máximo. Falou das contrações, do ritmo e fomos para uma sala monitorar.

A enfermeira checou os exames pré-natais e fez algumas perguntas. Me ligaram em dois aparelhos, um para controlar os batimentos da bebê e o outro para o ritmo das contrações. Viu que faltava o exame de sangue pedido pelo anestesista (eu ia fazer semana que vem, depois que terminasse o tal trabalho...) e fez ali na hora. Na hora desse exame eu fiz a maior cara feia e ela perguntou se era uma contração "não, é só a antecipação da agulha mesmo" (rs). Ficamos lá durante meia hora e as contrações voltaram ao ritmo louco. No exame de toque a enfermeira disse que eu estava com... 1cm de dilatação! "Vocês moram longe?" Não. "Então pode voltar pra casa, ainda não está na hora." Ok! Voltamos um pouco frustrados para casa, mas com a certeza de que sapinha estava por vir!

Marido ficou na dúvida se deveria ir trabalhar. Eu falei pra ir tranquilo, que avisava se precisasse que ele voltasse. Durante o dia eu olhei vídeos e mais vídeos sobre auto-hipnose. Eu já conhecia os efeitos benéficos da hipnose na gestão da dor e pretendia treinar antes do parto, mas o trabalho não tinha deixado... Então fui treinando no dia mesmo. A cada contração eu me concentrava em outra coisa (sim, hipnose é só concentração, a ideia é se concentrar em algo longe, pra colocar a atenção fora do corpo - clique aqui se quiser ler mais sobre como enfrentar ador).

Minha mãe veio ficar comigo mais pro final da tarde. As contrações já estavam bem dolorosas. Mamãe fez sopa e me ajudou como pode. Vaaarias vezes eu fui pra debaixo do chuveiro. A água quente realmente ajuda a diminuir a dor. E lá mesmo eu olhava fixamente pro rejunte do azulejo e fechava os olhos. Sabe quando você olha pra uma coisa muito tempo, fecha o olho e a luz da imagem ainda está lá? Era isso e eu me focalizava nessa luz em forma de cruz com os olhos fechados até a contração passar. E a água na barriga, podia ficar lá o dia inteiro... Mas depois de um tempo acabava saindo. Fazia frio com o cabelo molhado, mas com as contrações eu não conseguia fazer nada além de me concentrar e esperar passar, mamãe querendo ajudar, secou meu cabelo pra mim. Me senti cuidada e amada, mas doía! Cada vez mais!

Me sentindo amada e cuidada

Ela também filmou minhas contrações (rs). E mandava pras minhas irmãs acompanharem tudo. Ficou comigo até o marido chegar. Contrações cada vez mais fortes. Lá pelas 22h o marido finalmente chegou! E nada me ajudou mais a enfrentar a dor que ele. Quando eu dizia que estava doendo, ele dizia olha pra mim, respira comigo, foca em mim... Depois me levou pra deitar. Ele queria que eu dormisse um pouco (já eram 40 horas acordada). Eu dormia, mas acordava a cada contração. E lá pelas 1:30 da manhã resolvemos voltar para o hospital. Já era dia 08.

Continuação do relato de parto da Chloé:
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E o relato de parto da Emma:
  

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

38 semanas e 6 dias



Incômodos da gravidez


Eu sou uma pessoa de muita sorte. Minha gravidez foi sempre muito tranquila. No primeiro trimestre não tive enjoos nem nada característico da fase. Alias, além do enjoo o que mais o pessoal tem mesmo??

Engordei um 1 kilinho por mês, na maior parte do tempo, sem fazer esforço algum (fiz um "regime" quando voltei dos EUA, cortei todo o açúcar por 1 semana!). Posso comer de tudo sem problemas. Mas agora, faltando pouco tempo pro nascimento (hj estou em 38 semanas e 6 dias), finalmente estou com aqueles sintomas incômodos que deveriam ter aparecido laaaa no sétimo mês e desaparecido por agora.

Como a bebê sempre foi pequena, suas mexidinhas eram sempre bem gostosas. Agora, com a falta de espaço e ainda muito movimento, da vontade de fazer um buraco ali do lado direito pra ela colocar esse pé pra fora!

Isso sem contar com 367 mil idas ao banheiro! Você vai e faz duas gotas de xixi. 5 minutos depois, vai de novo e mais cinco gotas. 5 minutos depois, vc vai e nada! Não tem nada na bexiga, só vontade mesmo.  Como explicar?? Isso sem contar as vezes que você vai, esvazia a bexiga e continua com vontade!!  Minha linda, minha bexiga não é travesseiro! Vamos soltar, pleeease!

E as contrações? Ta certo que são só aquelas falsas, de Braxton, mas afe! Elas vão ficando cada vez mais e mais incômodas... Não que doam, doem um pouco sim, mas tão pouco que nem acho que podemos chamar de dor, é mais chatice mesmo. Barriga fica toda dura e você faz uma careta pela sensação de estarem torcendo seu útero. As vezes dói sim, mas pouco, quando a contração acontece e ela se mexe ao mesmo tempo. Pelo menos eu acho que é isso. Não só ta tudo duro por ali, mas ainda tem um bumbum empurrando pra fora, como que pra não ser apertada. E nessas horas parece que alguém apertou seu pulmão e fica difícil respirar. Você tenta e tenta encher os pulmões, mudar de posição... mas nada!

Isso é uma contração

Isso sem falar na irritação. Por que não sou de ferro e com hormônios a mil e todas essas chatices, da vontade de matar o marido por que ele está respirando muito forte. Não é possível, ele só pode estar fazendo de propósito pra eu brigar! (rs) Quem lembra dessa cena de Ross e Rachel?

Sério, Ross, respira mais alto!
Mal posso esperar pra ela encaixar e nascer! Pelo menos encaixar, porque dizem que já da uma aliviada...

Ain, fica o desabafo! Nem tudo são flores durante a gravidez... Quem dera poder passar essa barriga só por uma horinha pra poder ter meu corpo livre de volta...

Barriguinha, barrigão

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Enfrentando a dor do parto



5 dicas pra enfrentar naturalmente


Acho que essa é a dor que permeia o imaginário de todas as mulheres (grávidas ou não) que pensam em um dia ter filhos. É tanto medo da dor do parto que muitas preferem se submeter a uma cirurgia sem razão objetiva para isso só para não ter que encarar a tal dor que dizem ser a pior de todas as dores que alguém pode sentir.

Com o surgimento da anestesia peridural, sentir dor começou a ser considerado como arcaico, antiquado. Estranha é a mulher que escolhe não ter, como se gostássemos de sofrer. Mas é possível sim dar a luz sem anestesia, fizemos isso a existência quase inteira. Somos fortes, somos capazes e instintivamente sabemos como fazer. Mas para isso dar certo, é preciso ouvir a si mesma durante o parto e agir conforme as nossas vontades e desejos, como um animal faria. Sem esquecer que é preciso também se preparar, somos afinal seres racionais e não só instinto. Preparar a mente para que esse processo possa se desenrolar da melhor forma possível.

São diversas as formas de enfrentar a dor (de maneira geral). Aqui reuni algumas dicas que quero compartilhar.


1/ Suporte emocional



Temos o direito de ter alguém presente durante o parto, quem você quiser!

Eu escolhi a presença do pai, o marido, pra me acompanhar não só durante o parto, mas antes e depois, durante as contrações e depois que Sapinha nascer. Mas sei que muitas mulheres gostariam de ter a própria mãe presente. Quando trabalhava com grávidas eu perguntava sempre se elas queriam acompanhante e muitas diziam que gostariam que a mãe estivesse presente.

Independente de quem seja (marido, mãe, companheira, amigo...) é super importante conversar antes sobre as suas expectativas. O que você espera que ele faça em determinados contextos. Durante a dor das contrações, quer que converse com você? Te deixe quieta? Segure sua mão? Quer que esteja presente na sala de parto? Se for o caso, informe seu plano de parto, como você quer que o parto aconteça, quais são os procedimentos ok e os que você prefere que não sejam feitos. Qual o papel dele durante o parto? Essa conversa serve também pra ouvir as expectativas dele, se ele quer estar presente, se quer participar, o quanto quer participar, etc.

Claro que ninguém sabe exatamente o que quer durante essa hora específica, mas dá pra imaginar a partir de outras experiências de dor. Daí quando chegar a hora da dor vocês vão aparando as arestas. Afinal, as contrações vão aumentando aos poucos.



2/ Distração



A gente faz muito com crianças. Ela cai e na mesma hora a gente chama atenção dela pra ela pensar em outra coisa e não chorar. A ideia é a mesma. Você pode tentar se distrair assistindo a um filme, a uma série que você goste... "Ah, mas isso só vai dar certo se a dor for pequena!" É verdade, quando a dor aumentar, assistir um filminho não vai ajudar. Mas ainda é possível usar essa técnica, só que é necessário ajuda de uma outra pessoa. Lembra do suporte e conversa ali de cima? Então! Aqui em casa conversei com o marido e pedi pra que ele, nos momentos de mais dor, segure minha mão e fale pra eu olhar pra ele, fale pra eu respirar com ele: "respira comigo /inspira/ /expira/". Respirações longas e conscientes, aquela respiração cachorrinho que a gente vê em filmes deve ser evitada, pois diminui a oxigenação do bebê (em comparação a respiração longa). Falei que ele tem que falar por cima de mim, ou seja, se eu tiver falando, pra ele falar mais alto, pra fazer eu me concentrar nele, imitar ele. Pra ele me dizer pra pensar na nossa filha, que ela tá chegando, só mais um pouquinho... Mas claro, cada um sabe o que é melhor pra si nessa hora e qual a melhor forma de fazer você reagir.



3/ Água quente



Dizem que um banho (de banheira) quente faz milagres, que a dor diminui bastante, mas se não tiver banheira em casa, entre debaixo do chuveiro mesmo. Em algumas mulheres a dor da contração é na barriga mesmo, mas em outras a dor é sentida nas costas. Se você estiver na banheira a água vai estar em todo o corpo, mas se debaixo do chuveiro, deixe a água cair na área dolorida. Uma bolsa de água quente na área também pode ajudar, como no caso das cólicas.



4/ Auto hipnose

Esquece aquele pêndulo passando na sua frente do tipo "cooompre batom, coompre batom". Hipnose nada mais é do que concentração. Sabe quando você sai do trabalho e tem que passar em um lugar x, mas quando vê está indo pra casa? Então, isso é o estado de hipnose. Seu corpo entra em modo automático e sua mente sai pra passear por ai.

Com a auto hipnose, durante a contração a gente coloca a mente pra passear e pensa em outra coisa. Claro que não é nada fácil e é preciso treinar antes. Existem profissionais que podem ensinar e ajudar e eu super aconselho, mas você pode ir tentando em casa algumas coisinhas.

Por exemplo, olhar para um ponto fixo, um detalhe na parede, uma manchinha no chão. Olha e se concentra nesse ponto, presta atenção na tensão no olho, em volta dele, presta atenção na respiração. Quando quiser, fecha o olho e presta atenção nesse ponto dentro da sua mente, você ainda vai ver ele, como um contraste de luz branco e preto. Foca nisso e respira.

Ou pensa num lugar que você ama, se sente protegida. Eu penso numa praia (na Praia da Costa, no ES, pra ser mais precisa). Pensa em você nesse lugar e nas sensações desse lugar. Você está lá, sente o cheiro de maresia. Sente a onda subindo e descendo seus pés, na areia fofa que afunda quando a água passa. Sente o vento fresco e o calor do sol. Enfim, sinta com o máximo de detalhes possível.

Existem vários vídeos na internet sobre a hipnose, porque não assistir alguns e tentar num momento de dor? Independente da técnica que será utilizada pra fazer essa dissociação corpo/mente, é necessário fazer e repetir, repetir, repetir.



5/ Respiração



Também precisa treinar. Se concentrar no ar entrando, no ar saindo. Inspira, expira, inspira, expira. Inspiração longa, segura o ar, expiração longa. Ou inspiração longa, expiração longa. Inspira pelo nariz, solta pela boca. Sentir a barriga enchendo como um balão. Enfim, as técnicas de respiração são muitas. Vale a pena usar aquela que você conhece e acredita, que aprendeu na yoga, no pilates, ... Enfim, todo mundo já ouviu falar na melhor forma ou na forma correta de respirar. Eu acho que a melhor é aquela que dá certo pra você. Mas acho legal imaginar coisas boas entrando durante a inspiração, entra força, entra energia positiva, e a dor saindo durante a expiração.


Das muitas coisas que eu li por ai, essas são as que eu pretendo utilizar. Tudo junto e misturado. Marido ajudando a respirar, auto hipnose debaixo do chuveiro...

E você? Usou ou pretende usar alguma técnica? Me conta!

terça-feira, 17 de novembro de 2015

8 meses de gravidez



Reta final


Esse é meu "barrigão" de 8 meses


8 meses… 8 meses…

Que doidera!! Mais um mês (ou menos) e você vai estar nos meus braços, minha menina, minha querida, minha amada, minha filha.

Minha filha. Ainda não acostumei em ter uma filha. Em ser mãe, talvez, mas não em ter essa filha. É que eu penso muito no tipo de mãe que quero ser, o que quero ensinar, quais valores quero passar... e em como ela vai ser, na nossa relação... mas esqueço que do outro lado estará um serzinho por inteiro, com suas vontades e desejos que vão muito além dos meus. Sou mãe de uma menina imaginária, que habita meus pensamentos desde que eu era menina. Sou mãe sim, mas não da Chloé, e sim de uma pessoinha X que será muito diferente ou muito igual a ela. Esse último mês é o momento de me preparar para conhecer essa bebê nova, minha filha, que está por vir.

Por enquanto, o que posso dizer é que ela é forte! Dá uns chutões impressionantes! E ainda tem se mexido bastante! Dizem que pro final o bebê mexe menos, e talvez ela mexa menos mesmo, mas não sei dizer. Pra mim ela continua mexendo muito. Só que agora ela tem menos espaço e as mexidas começam a ficar doloridas. As vezes ela mexe e eu mexo ela, empurro o bumbum, que é o que tenho fácil acesso, pra ela mexer de novo e tirar a mão/pé/cabeça de onde está, por causa da dor.

Nesse momento ela está se mexendo bastante. Mas muito mesmo!! Mais que o normal... é que adora a comida do papai! Sempre que ele cozinha é essa festa! 



Ela também adora os gatos e quando eles vem deitar no meu colo (hoje Sushi ficou entre minha barriga e a almofada de amamentação e Yoda no meu pé/perna) ela se mexe num balé gostoso... 



Eu sei bem quando ela se mexe porque está curtindo ou porque está incomodando. Não tem como explicar, é uma sensação boa ou ruim atrelada ao movimento dela. Dessas sensações que vão além das palavras, que não dá pra descrever, é só um sentir, mas com absoluta certeza do que ela está me comunicando. Da mesma forma que ela adora o calor e o ronronron dos gatos, ela detesta o calor/barulho/ondas(?) do computador. E não, não sou eu que gosto/desgosto... Porque aqui estamos no outono e acho o calor do laptop super bem-vindo. Ele fica numa espécie de bandeja com pernas, por cima da barriga, mas sem apoiar, eu realmente gosto, mas ela não. Mexe de tal forma que não tem outro jeito a não ser tirar o computador do colo e ir sentar na mesa, com ele mais longe dela.

Se mexeu aqui de novo e apertou meus pulmões. Do nada aquela falta de ar! Passei meses e meses tranquila, mas agora ta difícil fazer algumas coisas. Respirar é uma delas. As vezes tenho que empurrar a barriga lá pra frente e curvar as costas pra dar um espaço pros pulmões. 

Outra coisa difícil de fazer é levar a boca pra perto do prato. Sabe quando você está comendo algo que pode cair do garfo e ao mesmo tempo que traz o garfo pra boca, leva a boca pra perto do garfo, pois se cair, cai no prato? Não posso mais! Pelo menos não sempre. As vezes ela se coloca numas posições que fica impossível dobrar o corpo mesmo que minimamente. 

O mesmo pra cortar unhas, amarrar os sapatos. Agora só se for de cócoras, com as pernas bem abertas. Encaixo a barriga entre as pernas pra abaixar, porque dobrar o corpo, esquece!

Também tenho sentido muita dor na virilha. Principalmente quando fico sentada muito tempo. Parece que a bebe está empurrando com a cabeça ali. Mas já li que é normal ter dores pélvicas. Descobri que minha dor ciática também é na verdade dor pélvica. Geralmente é mais um incômodo que uma dor realmente, mas teve um dia que estava insuportável! Tentei andar, tentei deitar, experimentei diversas posições. Ai fui tomar banho seguindo a dica da água quente na dor da contração e ajudou muuuito. É uma pena não ter banheira em casa, mas assim já vou treinando para o parto. Fico de cócoras, embaixo do chuveiro, meio inclinada, pra água ir caindo ali na lombar... muito bom e relaxante!

E mais recentemente tenho tido dor no osso púbico. É o corpo se preparando para o parto e alargando tudo por ali. É incomodo, chato, doloroso (às vezes bem doloroso), mas digo a mim mesma que pra eu ter o parto normal, sem anestesia, o corpo tem que trabalhar e é o que ele está fazendo. Então aguenta e se concentra em algo além da dor! Já vai treinando para as contrações.

Alias, tenho tido muitas contrações! Mas pra falar a verdade, só sei disso porque tive uma durante a ecografia. Não dói. Na maioria das vezes eu nem percebo, mas as vezes sinto falta de ar, ou sinto a barriga pesada, ou a bebe mexendo e quando vou pegar vejo que a barriga está toooda dura. E sei que é uma contração! É o corpo se preparando...

Pra compensar, eu pelo menos tenho dormido melhor. Estou com o sono bem leve, é verdade, e acordo sempre que o marido acorda. Mas tenho dormido mais rápido e acordado menos pra ir ao banheiro! Uma vez no máximo, as vezes nenhuma... E meu sistema digestivo também está em um ritmo diferente. Tenho ido mais ao banheiro. Pra mim, são mais dois sinais de que o parto se aproxima e meu corpo se prepara guardando energia e se esvaziando.

Nós também estamos nos preparando para recebê-la em casa. A mala da maternidade e suas 6 toalhas (!) está quase pronta. Falta só lavar, secar e colocar o saco de dormir e um casaquinho pra ela. Faltam também uns produtos de higiene pra mim e uns pra ela também.

O quarto está se transformando. Se ela resolver chegar hoje, já tem onde dormir, algumas roupinhas, banheira, fraldas... Mas ainda precisamos organizar tudo. O trocador ainda precisa ser construído (projeto do marido), o colchão desenrolado, os lençóis lavados, ... Ok, falta muito!! Mas nada que não possa ser feito em 3 dias, tempo da maternidade, se ela resolver aparecer loguinho.

Mas acho que não. Apesar dos sinais acho que essa menina vai nascer lá pela semana 42 mesmo. Nós temos um trato. Quero aproveitar umas semaninhas de gravidez sem stress, mas para isso preciso terminar meu trabalho.

E é isso. Estamos chegando ao final de uma gravidez muito prazerosa! Daqui a pouco o rostinho dela vai estar estampando o blog!!

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