quinta-feira, 28 de julho de 2016

3 meses da pequena



Meu bebezinho virou um bebezão



Minha Chlô, minha flor, completou seus 3 meses. É um bebezão!! 


Roupinha de quando nasceu. Olha o tanto que ela cresceu!

Há uma semana atrás, quando a gente falava que ela era uma menina grande, com quase 3 meses, ela chorava (rs). Coincidência? Provavelmente, mas era dizer que ela estava crescida que ela abria o berreiro! Verdade seja dita, eu estou doida pra ela crescer e ficar um cadinho menos dependente, mas ela, acho que ela ainda quer aproveitar muito o colinho da mamãe, como um bebezinho (o que ela é!).

Às vezes eu digo pra mim mesma: “Aproveita, que passa rápido e você vai sentir falta.” É o que todos dizem, mas eu to doida pra ela começar a engatinhar e vir até nosso quarto pedir pra deitar com a gente. To doida pra sentir falta da minha bebê pedindo meu colinho, meu denguinho.

Logo, logo esse momento chega. Ela já ta quaaase rolando. É dificil, pois vive de barriga pra cima. Durante o dia ela até dorme de barriga pra baixo, mas sempre acorda com fome pra mamar e não é bem o momento da ginastiquinha. Eu até coloquei ela no tapete de barriga pra baixo, e ela adora, mas fica muuuito cansada! E depois das festividades de natal ainda to tentando voltar pro ritmo anterior. Era muita animação, muita gente, muito colo e caminhadas pra dormir. Ela “desaprendeu” a dormir no colinho comigo sentada.

Ela também saiu do ritmo noite inteira. Estamos voltando aos poucos. Agora tem feito a noite inteira dia sim, dia não, como no começo dessa fase. Mas estou impondo um ritmo militar!! Durante o dia é bem livre, mama quando quer (mais ou menos, pois não espero ela chorar, como já conheço o ritmo, antecipo) e dorme quando quer... Quando o sol se põe, ai sou eu que mando!! Às 7p.m. mamada (esse é o unico horario mais flexível, dependendo do horario da ultima mamada do dia), às 8p.m. banho (dia sim, dia não), às 9p.m. mamada + caminha. Às vezes ela dorme super rápido e sem problemas, às vezes dorme e acorda chorando, ai vou lá, nino e coloco de novo na cama (quantas vezes ela chamar, quantas vezes forem necessárias, sem sair do quarto com ela). Às 11p.m. papai pega ela pra trocar fraldinha. É um momento muito lindo dos dois! Ela fica parecendo uma bolinha no colinho dele, vai acordando aos poucos, sorri, ri... Durante os 5, 10 minutinhos pra trocar a fraldinha e ficar pronta pra noite! Ai, nova mamada e cama. Nessa hora, ela dorme tranquila! São raras as vezes que tenho que voltar lá pra ninar mais um pouquinho, aliás, nem lembro da última vez que fiz isso...

E ai, considero que ela dormiu a noite toda quando a proxima mamada não é antes das 5a.m. Ultimamente isso acontece dia sim, dia não. Ontem ela acordou as 3:30, antes de ontem às 7:30! Mas o recorde foi as 8:30!! Eu acordei sozinha, por volta das 8:00. Quando eu vi a hora fiquei morrendo de preocupação e fui correndo ver que ela ainda dormia e respirava. Então voltei pra cama e esperei ela me chamar, como sempre.

Ela nunca chora nessas horas, so dá uma reclamadinha e espera. Outra reclamadinha e espera. Beeem tranquila. Porém, nesse ultimo mês tivemos um tipo de choro novo: os gritos agudos que sinalam cansaço e resistência ao sono. São horriveis! Parece que a gente esta machucando ela. Todo mundo olha! Dá uma pena... e dói o ouvido!

Tirando esses momentos de dor na alma, ela é um bebê muito especial e cada vez mais risonha e ativa. Sorri muito! E é uma delicia arrancar umas gargalhadas dela. Também fala muito. “éééé” “éééé”, entre outras vogais, mas o “ééé” é o que ela mais domina e mais gosta. É fazer um “ééé” pra ela que ela sorri e tenta repetir e ri e fica tão empolgada que cai pros lados (rs).



éééééé!

quinta-feira, 14 de julho de 2016

O choro e a cólica



Ou o choro de fim de tarde


Aquele choro que doi a alma

Ahhh, o choro do fim de tarde! Aquele choro que vem da alma, profundo, que nada sara! Pra essa mamãe, depois de uma noite mal dormida, um dia longo de muitas mamadas e trocas e brincadeiras e distrações, pra essa mamãe que já está bem cansada e com fome, a bebê que desanda a chorar é desesperador! A gente tenta de tudo!

É fome, você pensa e dá mama, mas ela continua a chorar...

Será que é sono? Mas ela acabou de acordar!

Você tenta dar colo, andar pela casa, balançar, abraçar... e nada!

A única resposta é, então a tal da cólica! Só pode ser cólica! O google parece achar isso também, afinal os sinais parecem ser os mesmos descritos. Em cada página pesquisada, muitas são as respostas. O google novamente vira o médico e eu tento as diversas proposições de solução.

Primeiro parei de tomar leite e derivados. Argh, leite de soja é horrível, mas tudo pra não te ver chorar, minha flor. Um dia, dois dias... e o choro continua.
São os cítricos! Bani, então o suco de laranja do café da manhã, o limão da cozinha. Um dia, dois dias... parece que também não é isso.
Tira o (pouco) café da dieta, então. Café da manhã será a base de água, ok! E não, não deu certo também!

Tudo que foi dito ser causador de cólica eu tirei do cardápio por pelo menos uma semana... e comecei a fazer massagem também. O que eu super recomendo, pois a flor realmente gosta. O toque aumenta o vínculo e auxilia no seu desenvolvimento. Mas apesar de ser super recomendado para a danada da cólica, no nosso caso, não parecia ajudar.
Recorri até a farmácia, onde me indicaram diversas soluções. Depois de muitas conversas com a farmaciêutica e com o google, aceitei aquela que me parecia a mais natural. E tentei também durante uma semana, mas também não houve clara diferença.

Chega então, finalmente, a consulta do 1 mês com a pediatra. Eu explico o que acontece e ela diz que é normal, que a solução, a única solução e sua recomendação é: paciencia, carinho, amor, colo, compreensão. Na realidade, não é só o bebê que fica irritado no final da tarde, todos nós ficamos. Adultos, colocamos a culpa no dia estressante, no trânsito impossível, no cansaço do dia-a-dia... enfim, inventamos mil desculpas pra explicar algo que simplesmente acontece. A gente pergunta um pouco mais sobre o assunto e a pediatra sugere que isso vem dos primórdios, quando ainda caçadores, o fim de tarde era um momento chave na sobrevivência. A noite começa a cair e nossos ancestrais tinham que buscar um abrigo com urgência. Bom, é só uma hipótese, ela disse. Pode até ser que seja bem isso mesmo, mas eu acredito que seja algo talvez mais simples. Acrescento duas hipóteses: 1. Como eu disse acima, o dia com um bebê recém-nascido é beeeem punk! A gente já acorda cansada da noite mal dormida e tem um dia exaustivo fisica e psicologicamente. Quando chega esse horário o cansaço vira irritação. A poucas semanas atrás mãe e bebê estavam fisicamente ligados e essa simbiose de alguma forma continua fora do útero. O bebê continua a sentir as emoções da mãe e fica, ele também, irritado. Hipótese 2. Assim como o dia é cansativo pra mãe, ele também é cansativo pro bebê, que está em um ambiente novo, absorvendo a enorme quantidade de informações a seu redor. São novos cheiros, novos barulhos, novas pessoas... Quando chega o final do dia esse cansaço se exprime em forma de choro. Em todas as hipóteses, o choro é só a forma que o bebê tem de comunicar que algo não está legal. Como ele não tem a complexidade de pensamento que nós temos, não é capaz entender e nomear esse mal-estar. Ele só sabe “dizer” (sentir): ruim e assim chorar.

Mas voltando a pediatra, perguntei especificamente sobre a cólica e tudo que tinha lido. Ela perguntou se eu senti diferença parando com esses alimentos, eu disse que não, então ela explicou ponto a ponto. A relação entre cólica e laticínios vem muito da crença de que deve-se beber leite para ter leite. Muitas mães aumentam a quantidade de leite e produtos derivados acreditando que isso fortifica/aumenta a produção de leite. O exagero produziria cólica, a ingestão habitual, não (salvo exceções, claro). Sobre o café, ela disse que há anos atrás dava-se cafeina aos prematuros. Ou seja, o pouco de cafeina que eu tomo e passa no leite não pode fazer tanto mal. Os cítricos é uma lenda urbana, já que não é porque um produto é cítrico que ele passa sua acidez ao leite. O leite materno, ela frisou, é o alimento mais sob medida que existe, é feito especialmente para o meu bebê e contém exatamente aquilo que ele precisa naquele momento preciso. Que o bebê já vinha comendo o que eu comia na barriga e que por conta disso já estava adaptado a tudo aquilo que eu já ingeria. Uma alimentação equilibrada e sem exageros era tudo que nós duas precisávamos.

E finalmente chegamos no ponto do texto no qual eu apresento a minha solução mágica, a única coisa que realmente funcionou com a flor e teve efeito quase instantâneo: o slig! Pouco depois dessa visita a pediatra eu comprei e chegou um wrap sling. Eu testei num desses choros pois minhas costas doiam de dar colo. Uns 5 minutos depois de insalada, ela já estava num sono profundo! Virou a solução aqui em casa, em casa de choro doido, sling nela! Dentro do sling, o bebê tem o combo maravilha: posição similar a do útero, ouvido colado no peito, o som dos batimentos cardíacos, nariz pertinho do cheirinho de mãe (ou de leite rs), calor produzido e trocado entre os corpos. Quer coisa melhor? 

Sling é amor!

O colo, o carinho, a compreensão, o acalanto, o shhh shhh shhh perto do ouvido, o mama, o balançar, o entender... Tudo isso são formas de dizer/mostrar ao bebê que está tudo bem. Que ele é amado. Que ele está seguro. Que mamãe (e/ou papai) está aqui, com ele, pra ele. E assim, e com o tempo, o choro passa.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Mesversário



2 meses de sapinha


O sapo não lava o pé...


Eu queria ter feito um relato no fim do primeiro mês, mas o tempo passou e cá estou eu, escrevendo o do segundo mês, sem ter feito o do primeiro. Por isso, aqui vão as mudanças e descobertas dos meses 1 e 2.

Com uns 20 dias ela segurou a cabeça dela pela primeira vez. Foi um momento muito legal, ela estava no meu colinho, deitada no meu ombro, contra meu peito e eu sentada no sofá. Ela empurrou o corpinho pra longe com tudo e eu segurando as costas (sempre, claro) e ficou ali me olhando. Durou uns segundos só, mas parecia uma eternidade e ela “caiu” contra mim de novo. É muito doido isso, essa foi a primeira conquista (quer dizer, mais uma conquista, muitas aconteceram antes, importantíssimas, mas imperceptíveis) da minha filha e eu fiquei super orgulhosa, como se ela tivesse pasado no vestibular!

Desde então ela já treinou bastante e super sustenta o pescoço. Ela também consegue virar a cabeça quando está deitada de barriga pra baixo (desde a mesma época, inclusive). Em torno do primeiro mês ela gostava de ficar de barriguinha pra baixo, gostava muito. Com uns 25 dias eu coloquei ela pra dormir de barriguinha pra baixo pela primeira vez. Ela tava com muita dorzinha e cada vez que eu colocava no sofá deitada de barriga pra cima (com um cobertozinho dela embaixo e a almofada de amamentação em volta, pra ela não cair e claro eu do lado) ela acordava. Aí coloquei de barriga pra baixo e ela dormiu, dormiu tanto! Ela acalmou e dormiu bem, naquela posição com as perninhas por baixo da barriga. E eu, que li tudo sobre morte súbita do bebe, colocando a mão na frente do nariz a cada 5 minutos pra saber se ela tava respirando (rs). Comecei a deixar mais e mais, sempre na sonequinha da tarde e a relaxar também, pois ela dormia do meu ladinho e já conseguia (desde a primeira vez) virar a cabecinha. Mas hoje, ela nem curte muito essa posição. Às vezes eu coloco, mas dá 15 minutinhos e ela acorda.

Mas acho que isso caminha junto com o fato dela dormir pouco durante o dia. Chegou um momento em que ela demandava atenção de manhã (quando ela segurou a cabeça pela primeira vez), dormia a tarde toda (às vezes acordava pra mamar, às vezes dormia direto), ficava acordada no começo da noite, ia dormir lá pelas 10, 11 e acordava às 2, 3 e às 6, 7. Hoje ela dorme a noite toda (graças!!) e às vezes fica acordada o dia inteiro! A primeira noite inteira ela fez com 1 mês e 4 dias. Antes disso era um reloginho (2 e 7 da manhã). Mas eu “trabalhei” pra ela dormir a noite toda e criei ambientes diferentes de dia e de noite. Durante o dia ela pode tudo, tirar sonequinhas ou não, brincar ou não, ouvir musica ou não, depende do humor dela e se ela ta curtindo ou reclamando. A mamada é a cada duas horas, mas ela tirar uma sonequinha de 5 horas, eu não vou acordar, durante o dia é ela que “impõe” o ritmo (entre aspas porque não espero ela chorar pra mamar). Mas quando o sol se põe, sou eu que imponho o ritmo: mamada as 20h30 e 11h (com muuuuuita flexibilidade!) e se ela tiver dormindo, acordo pra mamar mesmo! É  minha forma de preparar ela pra dormir a noite inteira. Assim ela só acorda la pelas 6, 7 horas. E nesses últimos dias tem voltado a dormir depois e acordado entre 10 e meio dia (só alegria!!).

Foi também com 1 mês e poucos dias que eu percebi que ela me reconhecia. Na verdade eu vi que ela não reconhecia a mamik (vovoh em Bretão). Foi a primeira vez que ela veio ver a sapinha e quando a pegou no colo ela arregalou os olhos como quem diz “quem é você?”, reação que ela nunca tinha tido antes, pois ainda era muito novinha quando os outros avós vieram visitar. Foi ai que passei a reparar que ela acalmava só de ouvir minha voz no chorinho matinal (é um chorinho discreto, mais um chamado mesmo, “tipo mãe acordei e to com fome”, um gritinho, um pouco depois um outro, nada de escândalos chorosos).

Aliás, ela não é muito disso, ela reclama um pouquinho às vezes, uma fraldinha suja, uma fominha, mas não é de grandes choros dolorosos. Não mais... porque o período de cólicas foi difícil! E aí sim, que choro doido, que choro desesperado! Mas começou cedo (com 2 semanas) e terminou cedo (com 1 mês e meio). Nossa, mas é horrível!!! Parece que a gente ta batendo nessa menina! Dá uma dó, um sentimento de incapacidade! Meus sentimentos pra todos que estão passando por isso, pois é uma das piores sensações na vida.

Esse choro doido também acontecia no banho. Foi com 1 mês e meio que ela começou a curtir realmente tomar banho. Dava pra ver no rostinho dela a felicidade (mas nada de sorrisos ainda). Banho é coisa do papai, eu fico só olhando e conversando, mas ele coloca ela com as pernas contra a parede da banheira e quando ela empurra ele leva ela até o outro lado (banheira de bebê, são uns centimetros de distância rs) e ela adora! Mas ainda chora muito depois do banho. Ela detesta o frio que sente quando sai do banho quente, detesta que limpe as orelhas, detesta que limpe as dobrinhas do pescoço.

Mas adora trocar a fraldinha! Acho que como é um momento de muita interação (com quem quer que esteja trocando), ela passou a curtir bastante esse momento. No mais, ela adora ficar com a perereca de fora! Rs Acho que todo bebê curte. Afinal, deve ser bem ruim ficar de fraldinha o dia inteiro! Sempre deixo ela sem fralda uns minutinhos pra pele respirar. Limpo cada dobrinha (essas ela não liga de limpar), espero um ou dois xixis, limpo de novo e depois coloco fralda nova.

Esse é um momento muito privilegiado com ela. Ela ri!!! Desde quase dois meses ela começou a rir conscientemente e durante a troca é um momento de muita risadaria. Ela ri principalmente com a vovó, mas também comigo e com o papai. É muito gostoso ver ela rindo. A primeira risada mais consciente foi com um mês e meio (durante a troca, inclusive), mas eu fiquei taaaao empolgada que acho que ela se assustou e começou a chorar (tadinha). Depois teve uns risinhos aqui e ali, mas só na véspera do mesversário foi estabelecida a risadaria.

E ela manda beijo! Desde antes de sorrir, com 1 mês e 20 dias. A gente pede e faz pra ela ver e ela super se esforça pra fazer. Às vezes (geralmente) não sai som nenhum. Mas de vez em quando sai direitinho. É uma forma de se comunicar. E também dá seus gritinhos e aaaahhh e eehhhh... Conversa muito com ela mesma na frente do espelho e com o sapinho sem nome, a abelha bela e o esquilo jojo no seu tapete de atividades. Ela adoooora esse tapete!!!

Além disso ela tem um chocalho montessori. São as únicas coisas com quais ela consegue brincar sozinha. O chocalho é maravilhoso. Ela tem alguns, mas só esse ela consegue segurar. Ainda não percebe que é ela que está fazendo o barulho, mas é uma questão de tempo...

Chocalho montessori

A mãozinha ainda se move de forma descordenada. Não sei se ela já percebeu que faz parte dela. É um pouco culpa minha. Até a primeira consulta com o pediatra, cada vez que a mão caia na boca eu tirava. Eu chupei dedo e foi dificil parar, não queria que ela passasse por isso. A pediatra falou pra eu não me preocupar com isso, então passei a deixar. Fiquei depois pensando que é em contato com a boca que ela vai perceber que aquilo faz parte do corpo dela, que vai começar a querer levar a mão a boca de forma autônoma, então vai começar a coordenar melhor seus movimentos e querer alcançar objetos... E eu impedindo essa belezura de desenvolvimento! :(

Além disso, bebê gosta de sugar. Pra compensar a falta de uma mãozinha acabei dando chupeta. Nunca tinha pensado, nem pesquisei sobre o uso da chupeta, mas durante uma semaninha foi maravilhoso! Quer dizer, primeiro foi ruim, ela só acalmava com a chupeta (ou sugando, mas haja peito pra dar durante horas! Não há bico que aguente!), mas não conseguia dormir, pois quando estava quaaase dormindo a chupeta caia e ela acordava no susto sugando. Depois ficou ok, dormia e a chupeta caia. Mas confesso que eu só utilizava como último recurso, algo tipo uma vez por dia, uma vez a cada dois dias. E depois do surgimento da mão na boca, nunca mais quis a chupeta! Ela ainda não consegue colocar a mão na boca conscientemente, mas de vez em quando cai por lá e como eu não tiro mais, ela suga o tanto que quiser. Desde então recusou a chupeta umas duas ou três vezes e então a gente parou de dar. Além disso os momentos de muito choro diminuiram também. Eu aprendi os diferentes tipos, aprendi como acalmá-la e ela aprendeu que vai ter mãe confortando sempre que precisar.

Minha sapinha

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Não chora, que eu choro

 

O choro de uma recém-nascida mãe 


Não chora, pois se você chora eu choro junto! Por favor, meu amor, por favor, para de chorar. Por favor! Eu já não sei mais o que fazer pra te ajudar. Por favor!

Me parte o coração


Tudo isso em meio a lágrimas, muitas lágrimas. Muitas minhas, muitas da sapinha. E tai uma coisa que as pessoas esquecem de te contar: bebês choram. Choram muito! E nem sempre você consegue acalmar, por mais que tente, por mais que queira, por mais que faça... Você pode ser a melhor mãe do mundo e claramente a melhor possível para o seu bebê, mas tem vezes que simplesmente você não consegue. Bota no colo, caminha, canta, fala, muda de posição, senta, levanta, caminha, balança, canta, muda de posição, troca a fralda, canta, caminha, muda de posição, dá peito, faz massagem, muda de posição, caminha, balança... e nada! Quer dizer, ela acalma um pouquinho, chora um pouquinho e abre o berreiro. É desesperador! Porque você sabe o que é, ou acha que sabe, uma danada de uma dor de barriga, gases... E você sabe que vai passar, mas quando?

Pro bebê, na sua vidinha de um mês e meio, nenhuma experiência foi tão dolorosa quanto essa. Tadinha, dói e ela não sabe que (quando) vai passar. Só sabe que dói, que incomoda... e que colinho de mamãe ajuda, mas não sara. Então ela chama por você, por alguém, que conforte, que faça passar e chora... chora... chora... pois é a única maneira que ela sabe de se comunicar. E você, cansada, entende tudo isso e pede (a ela, a Deus, aos Deuses, a qualquer um) que ela pare de chorar, porque você já não sabe mais o que fazer. E pede desculpas (a ela, a Deus...) por não saber  o que fazer, por não poder ajudar mais. Pois acredite, mil vezes essa dor em mim, do que a ouvir chorar assim. E ai, incapaz, você chora junto, orando por um milagre, uma luz!

É o cansaço, são os hormônios... Você acha que nunca esteve tão sensível na vida como durante a gravidez? Espera sua bebê chorar, incontrolavelmente, durante horas! E você, sem ter dormido, sem ter comido, sem ter tomado banho ou um café, tenta acalmar. Vai ver que está ainda mais a flor da pele e que não é beijo de novela que vai te fazer chorar. Novela? O que é isso? Você vive pela pequena e entre as mamadas, quando ela dorme, o que nem sempre acontece, às vezes ela chora. E quando ela chora, você experimenta todos os sentimentos do mundo em questão de minutos. Pena, tadinha, ela está sofrendo. Raiva de si, arrependimento, porque mesmo eu quis ter esse bebê? Raiva do bebê, pelamordi, para de chorar, se não vou te jogar pela janela. Culpa, como eu posso ser uma mãe tão ruim e pensar na possibilidade de fazer uma maldade dessa com ela? E ai, choro, muito choro, por se sentir a pior das mães e pensar que ela estaria melhor com qualquer outra pessoa. E pedir desculpas, desculpa minha filha, por ser uma mãe tão falha. Desculpa por não conseguir te fazer melhorar, desculpa por ter pensado em não te ter, em não te querer, mesmo que por um segundo, me desculpa. E cuido e dou colo e choro... E todos esses sentimentos enquanto cuido e dou colo e choro... E quando eu choro, quem me dá colo? 

Esse biquinho... <3 </3 <3



quinta-feira, 12 de maio de 2016

Vontade de viver tudo de novo (ou mais uma vez?)



Posso confessar? Estou doida pra engravidar de novo.


É que eu ameeeeeeeeei estar grávida! E amo ser mãe! Me sinto tão realizada! E sinto que eu não faço nada nesse mundo melhor do que ser mãe. Eu sinto que nasci pra isso e não sabia. Sei que nesse comecinho a maior parte das mães tem mil dúvidas e inseguranças, mas não eu. Eu tenho certeza absoluta de que sou a melhor mãe que posso ser e que ninguém nesse mundo seria melhor mãe pra minha sapinha do que eu sou. Longe de mim achar que sou perfeita! Erro sim e erro muito com ela, mas tenho certeza de que mesmo esses meus erros são saudáveis e contribuem para o bom crescimento e evolução da minha pequena. Como se fossem os erros certos, sabe? Erros sob medida para ela e para mim.

Essa certeza de estar fazendo a coisa certa, de estar no caminho certo, de confiar completamente em mim mesma, na minha competência, nas minhas capacidades é algo que eu nunca experimentei na minha vida. Foram anos e anos de estudo e especialização na minha profissão e até hoje não me sinto 100% segura no papel de psicóloga. Porém, depois de um mísero mês, me sinto ótima mãe. Aliás, nem precisei de um mês para isso, desde que ela nasceu, ainda na minha barriga, eu já me sentia assim. O que não significa que eu saiba tudo, pelo contrário, estou tão confortável nesse papel que não tenho medo nenhum de expor minhas fraquezas, de perguntar, de ouvir... Quero sim conselhos e opiniões! Devoro tudo o que posso sobre o assunto do (meu) momento, seja sobre como amamentar ou como escolher um chocalho.

Quando estamos confortáveis numa situação, não temos medo de errar, damos a cara a tapa. Não tenho problema algum em escutar coisas diferentes da minha prática, como “tem que deixar o bebê chorar” ou “bebê que dorme com os pais nunca vai sair da cama”. Escuto sem problemas, explico (ou não) porque discordo e continuo criando, educando, amando da forma como eu acredito que seja a melhor. Mas acho ótimo ouvir opiniões diferentes, quero mesmo saber como foi pra você, pra sua mãe... e ai eu filtro e fico com aquilo que acho interessante.

Entre as práticas questionadas: meus gatos


Me sinto tão bem, tão melhor do que eu era, que da vontade de começar tudo de novo. Queria estar no comecinho da gravidez da sapinha, com tudo o que eu sei/sinto hoje, pra aproveitar mais ainda quando ela estava na minha barriga. Queria entrar em trabalho de parto de novo (louca?!?! Nem foi foi tão ruim assim...), agora mais rápido pois o corpo já conhece e quem sabe sem anestesia, já que não ficaria com contrações durante 48h! Viver de novo o primeiro dia, a primeira hora, a primeira mamada, o primeiro coco, a primeira troca de fraldas, o primeiro banho... Mas não ia querer ficar 4 dias de novo no hospital não! Foi muito difícil e ainda fico ansiosa quando chega a noite. Se tivesse outro bebê, assim que passasse o nascimento já avisava logo que ia sair no terceiro dia no máximo, de qualquer jeito! Chegar em casa com bebezinho, tão bom! E ver ele crescendo... Ta certo que sapinha tem só um mês, mas já vejo tanta diferença nesse pouco tempo! É incrível!!

Se eu engravidasse de novo, ia querer um menino, meu Léon, meu Leãozinho... Acho que me sinto meio culpada de ter rejeitado ele, que existiu durante um tempo no meu imaginário, pois eu acreditei que sapinha era menino. Nunca quis ter menino, alias, nunca quis ter mais que um filho (que uma filha!), mas agora fico pensando como seria... Duas crianças correndo pela casa, brincando, brigando, se amando.

Mas são só sonhos... E não sei nem se quero isso de verdade. Passei 30 anos da minha vida querendo ter minha menininha e filha única. Será que quero realmente um segundinho ou se é só saudades da barriga e desse primeiro meszinho que passou tão rápido? E se eu perceber que realmente quero um segundinho, o que estou disposta a enfrentar para tê-lo? O marido definitivamente não quer e duvido muito que ele mude de ideia. Eu AMO minha família do jeitinho que ela é: eu, marido e sapinha. Será que me separaria só pra ter um segundinho um dia? Trocar o certo pelo incerto? Teria que querer demais demais demais e muito mais ainda!