terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Adeus ano velho…



 

Feliz ano novo!


Na meia noite da virada de 2014 pra 2015 eu, como todos os anos, agradeci por todas as conquistas e não conquistas do ano que passou, pelas alegrias, pelos aprendizados, pelos desafios, pelo amor que eu tive e que eu pude dar... e pedi para que o ano que estava começando fosse ainda melhor. Eu estava em Paris, com o marido e a irmã (uma delas), feliz, muito feliz por tê-los ali comigo. Eu amo muito a minha familia e ter ela ali deixou meu comecinho de ano maravilhoso.

No final de feveiro, inicio de março vieram a desconfiança e a certeza de uma gravidez não planejada, mas muito desejada (pelo menos por mim). Sempre quis ser mãe! Mas aquele definitivamente não era o momento. Estava terminando um doutorado, desempregada e com marido desempregado. Algumas vez eu secretamente pedi para a gravidez não vingar... e muitas outras mais pedi desculpas, pedi pra ela ser forte, disse que ela tinha sido muito desejada e pra ficar tranquila que logo logo esse momento de susto ia passar.

Digerimos a notícia, cada um no seu tempo, e numa manhã de domingo conversamos sobre o presente que estava por vir. Pensamos em como ela se chamaria (a gente tinha certeza de que era menina e nem discutimos nomes de meninos)... e decidimos nesse dia mesmo contar a todos a novidade. Primeiro minha mãe, depois meu pai e minhas irmãs, os pais dele... Só de pensar nesse dia já me dá uma alegria, uma vontade de chorar... Esse foi sem dúvidas o dia mais feliz da minha vida. Nada nesse mundo é mais prazeroso do que dar alegria aos outros. E nossa, quanta alegria, quantas lágrimas de felicidade, quanta emoção!

Depois veio a viagem pra Disney, pra comemorar minha sapinha e muitas outras realizações que estavam acontecendo na família. Nessa viagem eu andei de montanha-russa, comprei umas roupinhas, fui muito mimada e ganhei muitos presentes pro Léon. Sim, um menino, quem diria, foi o que o teste de farmácia disse. Eu chorei e passei o dia triste, fazendo o luto da minha menininha tão sonhada. Pedi desculpas ao meu menino por me sentir assim e comecei a investir nessa nova relação.

Depois fomos a Bretanha, novo trabalho do marido, na cidade onde ele cresceu, do outro lado da França. Fiz minha segunda eco lá e descobri que era menina! É menina! É menina! É menina! Eu passei o dia nas nuvens! Minha garotinha! Minha garotinha! É menina! É menina!

E de volta a Metz, pois o trabalho do marido não estava legal. Volta ao trabalho anterior, pois não tinha como fcar sem nada. E barriga crescendo... e minha pequena se desenvolvendo. Eu li muito, estudei muito. Estava cheia de certezas e mais cheia de dúvidas ainda. O marido falava pra eu aproveitar a gravidez e o barrigão e eu dizia que faria isso depois que entregasse a tese. Mas minha filha se cansou disso e veio uma semana antes da entrega! Oooops! Devia ter aproveitado mesmo, já que não ia dar pra entregar... Mas como adivinhar? E eu aproveitei sim, como dava e como pude! E apesar de querer voltar pro comecinho de 2015 e viver tudo de novo, não acho que teria feito diferente.

E ela nasceu. Minha flor, meu amor! No começo, o que sentia era puro instinto de proteção. Era um modo meio punk de anulação completa do meu eu para que ela mamasse, crescesse e tivesse todas as suas necessidades (biológicas e afetivas) atendidas nesse comecinho. Sentimento que foi se transformando no maior amor do mundo! Amor que cresce a cada dia! Você acha que é impossível amar mais e aí ela te reconhece! E empurra o corpinho pra te ver! E para de chorar quando ouve sua voz! E sorri pra você! ... E cada dia uma descoberta e mais amor!

E o amor... Vou te falar que o amor que eu sinto por ela transformou todos os outros amores que eu sentia. Agora não só amo o meu marido, mas amo também o pai da minha filha. Não amo só a minha mãe e pai, mas também os avós da minha filha... e por aí vai! Cada um que interage com ela, que ama ela, ganha também o meu amor. E amor quanto mais se da mais se tem.

Assim eu termino 2015... Com o melhor natal de todos os tempos, com grande parte da família aqui! Termino agradecida pelo ano mais maravilhoso que eu tive! E pela primeira vez em muito tempo eu paro no agradecimento. Não quero pedir pra que 2016 seja melhor ainda, pois tenho a impressão de que recebi a maior de todas as bençãos, o melhor de todos os anos, e que pedir mais ainda é sem razão, seria errado, até besteira. Porque 2015 foi o ano da minha sapinha! E 2016 vai ser também! E que ano, daqui pra frente, não será dela?



Comentários
1 Comentários

Um comentário:

  1. Que post mais lindo !!!!! TOP amor por essa Sapinha, que chegou abraçando apertado nosso ser e preenchendo completamente nossa alma!!! Não existe felicidade maior do que ser avó! Ser "mãe da mãe"! Como não amar tanto essa netinha e os que netinhos que já estão na fila por vir! Amor demais! Vida boa demais!

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