quarta-feira, 15 de junho de 2016

Mesversário



2 meses de sapinha


O sapo não lava o pé...


Eu queria ter feito um relato no fim do primeiro mês, mas o tempo passou e cá estou eu, escrevendo o do segundo mês, sem ter feito o do primeiro. Por isso, aqui vão as mudanças e descobertas dos meses 1 e 2.

Com uns 20 dias ela segurou a cabeça dela pela primeira vez. Foi um momento muito legal, ela estava no meu colinho, deitada no meu ombro, contra meu peito e eu sentada no sofá. Ela empurrou o corpinho pra longe com tudo e eu segurando as costas (sempre, claro) e ficou ali me olhando. Durou uns segundos só, mas parecia uma eternidade e ela “caiu” contra mim de novo. É muito doido isso, essa foi a primeira conquista (quer dizer, mais uma conquista, muitas aconteceram antes, importantíssimas, mas imperceptíveis) da minha filha e eu fiquei super orgulhosa, como se ela tivesse pasado no vestibular!

Desde então ela já treinou bastante e super sustenta o pescoço. Ela também consegue virar a cabeça quando está deitada de barriga pra baixo (desde a mesma época, inclusive). Em torno do primeiro mês ela gostava de ficar de barriguinha pra baixo, gostava muito. Com uns 25 dias eu coloquei ela pra dormir de barriguinha pra baixo pela primeira vez. Ela tava com muita dorzinha e cada vez que eu colocava no sofá deitada de barriga pra cima (com um cobertozinho dela embaixo e a almofada de amamentação em volta, pra ela não cair e claro eu do lado) ela acordava. Aí coloquei de barriga pra baixo e ela dormiu, dormiu tanto! Ela acalmou e dormiu bem, naquela posição com as perninhas por baixo da barriga. E eu, que li tudo sobre morte súbita do bebe, colocando a mão na frente do nariz a cada 5 minutos pra saber se ela tava respirando (rs). Comecei a deixar mais e mais, sempre na sonequinha da tarde e a relaxar também, pois ela dormia do meu ladinho e já conseguia (desde a primeira vez) virar a cabecinha. Mas hoje, ela nem curte muito essa posição. Às vezes eu coloco, mas dá 15 minutinhos e ela acorda.

Mas acho que isso caminha junto com o fato dela dormir pouco durante o dia. Chegou um momento em que ela demandava atenção de manhã (quando ela segurou a cabeça pela primeira vez), dormia a tarde toda (às vezes acordava pra mamar, às vezes dormia direto), ficava acordada no começo da noite, ia dormir lá pelas 10, 11 e acordava às 2, 3 e às 6, 7. Hoje ela dorme a noite toda (graças!!) e às vezes fica acordada o dia inteiro! A primeira noite inteira ela fez com 1 mês e 4 dias. Antes disso era um reloginho (2 e 7 da manhã). Mas eu “trabalhei” pra ela dormir a noite toda e criei ambientes diferentes de dia e de noite. Durante o dia ela pode tudo, tirar sonequinhas ou não, brincar ou não, ouvir musica ou não, depende do humor dela e se ela ta curtindo ou reclamando. A mamada é a cada duas horas, mas ela tirar uma sonequinha de 5 horas, eu não vou acordar, durante o dia é ela que “impõe” o ritmo (entre aspas porque não espero ela chorar pra mamar). Mas quando o sol se põe, sou eu que imponho o ritmo: mamada as 20h30 e 11h (com muuuuuita flexibilidade!) e se ela tiver dormindo, acordo pra mamar mesmo! É  minha forma de preparar ela pra dormir a noite inteira. Assim ela só acorda la pelas 6, 7 horas. E nesses últimos dias tem voltado a dormir depois e acordado entre 10 e meio dia (só alegria!!).

Foi também com 1 mês e poucos dias que eu percebi que ela me reconhecia. Na verdade eu vi que ela não reconhecia a mamik (vovoh em Bretão). Foi a primeira vez que ela veio ver a sapinha e quando a pegou no colo ela arregalou os olhos como quem diz “quem é você?”, reação que ela nunca tinha tido antes, pois ainda era muito novinha quando os outros avós vieram visitar. Foi ai que passei a reparar que ela acalmava só de ouvir minha voz no chorinho matinal (é um chorinho discreto, mais um chamado mesmo, “tipo mãe acordei e to com fome”, um gritinho, um pouco depois um outro, nada de escândalos chorosos).

Aliás, ela não é muito disso, ela reclama um pouquinho às vezes, uma fraldinha suja, uma fominha, mas não é de grandes choros dolorosos. Não mais... porque o período de cólicas foi difícil! E aí sim, que choro doido, que choro desesperado! Mas começou cedo (com 2 semanas) e terminou cedo (com 1 mês e meio). Nossa, mas é horrível!!! Parece que a gente ta batendo nessa menina! Dá uma dó, um sentimento de incapacidade! Meus sentimentos pra todos que estão passando por isso, pois é uma das piores sensações na vida.

Esse choro doido também acontecia no banho. Foi com 1 mês e meio que ela começou a curtir realmente tomar banho. Dava pra ver no rostinho dela a felicidade (mas nada de sorrisos ainda). Banho é coisa do papai, eu fico só olhando e conversando, mas ele coloca ela com as pernas contra a parede da banheira e quando ela empurra ele leva ela até o outro lado (banheira de bebê, são uns centimetros de distância rs) e ela adora! Mas ainda chora muito depois do banho. Ela detesta o frio que sente quando sai do banho quente, detesta que limpe as orelhas, detesta que limpe as dobrinhas do pescoço.

Mas adora trocar a fraldinha! Acho que como é um momento de muita interação (com quem quer que esteja trocando), ela passou a curtir bastante esse momento. No mais, ela adora ficar com a perereca de fora! Rs Acho que todo bebê curte. Afinal, deve ser bem ruim ficar de fraldinha o dia inteiro! Sempre deixo ela sem fralda uns minutinhos pra pele respirar. Limpo cada dobrinha (essas ela não liga de limpar), espero um ou dois xixis, limpo de novo e depois coloco fralda nova.

Esse é um momento muito privilegiado com ela. Ela ri!!! Desde quase dois meses ela começou a rir conscientemente e durante a troca é um momento de muita risadaria. Ela ri principalmente com a vovó, mas também comigo e com o papai. É muito gostoso ver ela rindo. A primeira risada mais consciente foi com um mês e meio (durante a troca, inclusive), mas eu fiquei taaaao empolgada que acho que ela se assustou e começou a chorar (tadinha). Depois teve uns risinhos aqui e ali, mas só na véspera do mesversário foi estabelecida a risadaria.

E ela manda beijo! Desde antes de sorrir, com 1 mês e 20 dias. A gente pede e faz pra ela ver e ela super se esforça pra fazer. Às vezes (geralmente) não sai som nenhum. Mas de vez em quando sai direitinho. É uma forma de se comunicar. E também dá seus gritinhos e aaaahhh e eehhhh... Conversa muito com ela mesma na frente do espelho e com o sapinho sem nome, a abelha bela e o esquilo jojo no seu tapete de atividades. Ela adoooora esse tapete!!!

Além disso ela tem um chocalho montessori. São as únicas coisas com quais ela consegue brincar sozinha. O chocalho é maravilhoso. Ela tem alguns, mas só esse ela consegue segurar. Ainda não percebe que é ela que está fazendo o barulho, mas é uma questão de tempo...

Chocalho montessori

A mãozinha ainda se move de forma descordenada. Não sei se ela já percebeu que faz parte dela. É um pouco culpa minha. Até a primeira consulta com o pediatra, cada vez que a mão caia na boca eu tirava. Eu chupei dedo e foi dificil parar, não queria que ela passasse por isso. A pediatra falou pra eu não me preocupar com isso, então passei a deixar. Fiquei depois pensando que é em contato com a boca que ela vai perceber que aquilo faz parte do corpo dela, que vai começar a querer levar a mão a boca de forma autônoma, então vai começar a coordenar melhor seus movimentos e querer alcançar objetos... E eu impedindo essa belezura de desenvolvimento! :(

Além disso, bebê gosta de sugar. Pra compensar a falta de uma mãozinha acabei dando chupeta. Nunca tinha pensado, nem pesquisei sobre o uso da chupeta, mas durante uma semaninha foi maravilhoso! Quer dizer, primeiro foi ruim, ela só acalmava com a chupeta (ou sugando, mas haja peito pra dar durante horas! Não há bico que aguente!), mas não conseguia dormir, pois quando estava quaaase dormindo a chupeta caia e ela acordava no susto sugando. Depois ficou ok, dormia e a chupeta caia. Mas confesso que eu só utilizava como último recurso, algo tipo uma vez por dia, uma vez a cada dois dias. E depois do surgimento da mão na boca, nunca mais quis a chupeta! Ela ainda não consegue colocar a mão na boca conscientemente, mas de vez em quando cai por lá e como eu não tiro mais, ela suga o tanto que quiser. Desde então recusou a chupeta umas duas ou três vezes e então a gente parou de dar. Além disso os momentos de muito choro diminuiram também. Eu aprendi os diferentes tipos, aprendi como acalmá-la e ela aprendeu que vai ter mãe confortando sempre que precisar.

Minha sapinha