quinta-feira, 28 de julho de 2016

3 meses da pequena



Meu bebezinho virou um bebezão



Minha Chlô, minha flor, completou seus 3 meses. É um bebezão!! 


Roupinha de quando nasceu. Olha o tanto que ela cresceu!

Há uma semana atrás, quando a gente falava que ela era uma menina grande, com quase 3 meses, ela chorava (rs). Coincidência? Provavelmente, mas era dizer que ela estava crescida que ela abria o berreiro! Verdade seja dita, eu estou doida pra ela crescer e ficar um cadinho menos dependente, mas ela, acho que ela ainda quer aproveitar muito o colinho da mamãe, como um bebezinho (o que ela é!).

Às vezes eu digo pra mim mesma: “Aproveita, que passa rápido e você vai sentir falta.” É o que todos dizem, mas eu to doida pra ela começar a engatinhar e vir até nosso quarto pedir pra deitar com a gente. To doida pra sentir falta da minha bebê pedindo meu colinho, meu denguinho.

Logo, logo esse momento chega. Ela já ta quaaase rolando. É dificil, pois vive de barriga pra cima. Durante o dia ela até dorme de barriga pra baixo, mas sempre acorda com fome pra mamar e não é bem o momento da ginastiquinha. Eu até coloquei ela no tapete de barriga pra baixo, e ela adora, mas fica muuuito cansada! E depois das festividades de natal ainda to tentando voltar pro ritmo anterior. Era muita animação, muita gente, muito colo e caminhadas pra dormir. Ela “desaprendeu” a dormir no colinho comigo sentada.

Ela também saiu do ritmo noite inteira. Estamos voltando aos poucos. Agora tem feito a noite inteira dia sim, dia não, como no começo dessa fase. Mas estou impondo um ritmo militar!! Durante o dia é bem livre, mama quando quer (mais ou menos, pois não espero ela chorar, como já conheço o ritmo, antecipo) e dorme quando quer... Quando o sol se põe, ai sou eu que mando!! Às 7p.m. mamada (esse é o unico horario mais flexível, dependendo do horario da ultima mamada do dia), às 8p.m. banho (dia sim, dia não), às 9p.m. mamada + caminha. Às vezes ela dorme super rápido e sem problemas, às vezes dorme e acorda chorando, ai vou lá, nino e coloco de novo na cama (quantas vezes ela chamar, quantas vezes forem necessárias, sem sair do quarto com ela). Às 11p.m. papai pega ela pra trocar fraldinha. É um momento muito lindo dos dois! Ela fica parecendo uma bolinha no colinho dele, vai acordando aos poucos, sorri, ri... Durante os 5, 10 minutinhos pra trocar a fraldinha e ficar pronta pra noite! Ai, nova mamada e cama. Nessa hora, ela dorme tranquila! São raras as vezes que tenho que voltar lá pra ninar mais um pouquinho, aliás, nem lembro da última vez que fiz isso...

E ai, considero que ela dormiu a noite toda quando a proxima mamada não é antes das 5a.m. Ultimamente isso acontece dia sim, dia não. Ontem ela acordou as 3:30, antes de ontem às 7:30! Mas o recorde foi as 8:30!! Eu acordei sozinha, por volta das 8:00. Quando eu vi a hora fiquei morrendo de preocupação e fui correndo ver que ela ainda dormia e respirava. Então voltei pra cama e esperei ela me chamar, como sempre.

Ela nunca chora nessas horas, so dá uma reclamadinha e espera. Outra reclamadinha e espera. Beeem tranquila. Porém, nesse ultimo mês tivemos um tipo de choro novo: os gritos agudos que sinalam cansaço e resistência ao sono. São horriveis! Parece que a gente esta machucando ela. Todo mundo olha! Dá uma pena... e dói o ouvido!

Tirando esses momentos de dor na alma, ela é um bebê muito especial e cada vez mais risonha e ativa. Sorri muito! E é uma delicia arrancar umas gargalhadas dela. Também fala muito. “éééé” “éééé”, entre outras vogais, mas o “ééé” é o que ela mais domina e mais gosta. É fazer um “ééé” pra ela que ela sorri e tenta repetir e ri e fica tão empolgada que cai pros lados (rs).



éééééé!

quinta-feira, 14 de julho de 2016

O choro e a cólica



Ou o choro de fim de tarde


Aquele choro que doi a alma

Ahhh, o choro do fim de tarde! Aquele choro que vem da alma, profundo, que nada sara! Pra essa mamãe, depois de uma noite mal dormida, um dia longo de muitas mamadas e trocas e brincadeiras e distrações, pra essa mamãe que já está bem cansada e com fome, a bebê que desanda a chorar é desesperador! A gente tenta de tudo!

É fome, você pensa e dá mama, mas ela continua a chorar...

Será que é sono? Mas ela acabou de acordar!

Você tenta dar colo, andar pela casa, balançar, abraçar... e nada!

A única resposta é, então a tal da cólica! Só pode ser cólica! O google parece achar isso também, afinal os sinais parecem ser os mesmos descritos. Em cada página pesquisada, muitas são as respostas. O google novamente vira o médico e eu tento as diversas proposições de solução.

Primeiro parei de tomar leite e derivados. Argh, leite de soja é horrível, mas tudo pra não te ver chorar, minha flor. Um dia, dois dias... e o choro continua.
São os cítricos! Bani, então o suco de laranja do café da manhã, o limão da cozinha. Um dia, dois dias... parece que também não é isso.
Tira o (pouco) café da dieta, então. Café da manhã será a base de água, ok! E não, não deu certo também!

Tudo que foi dito ser causador de cólica eu tirei do cardápio por pelo menos uma semana... e comecei a fazer massagem também. O que eu super recomendo, pois a flor realmente gosta. O toque aumenta o vínculo e auxilia no seu desenvolvimento. Mas apesar de ser super recomendado para a danada da cólica, no nosso caso, não parecia ajudar.
Recorri até a farmácia, onde me indicaram diversas soluções. Depois de muitas conversas com a farmaciêutica e com o google, aceitei aquela que me parecia a mais natural. E tentei também durante uma semana, mas também não houve clara diferença.

Chega então, finalmente, a consulta do 1 mês com a pediatra. Eu explico o que acontece e ela diz que é normal, que a solução, a única solução e sua recomendação é: paciencia, carinho, amor, colo, compreensão. Na realidade, não é só o bebê que fica irritado no final da tarde, todos nós ficamos. Adultos, colocamos a culpa no dia estressante, no trânsito impossível, no cansaço do dia-a-dia... enfim, inventamos mil desculpas pra explicar algo que simplesmente acontece. A gente pergunta um pouco mais sobre o assunto e a pediatra sugere que isso vem dos primórdios, quando ainda caçadores, o fim de tarde era um momento chave na sobrevivência. A noite começa a cair e nossos ancestrais tinham que buscar um abrigo com urgência. Bom, é só uma hipótese, ela disse. Pode até ser que seja bem isso mesmo, mas eu acredito que seja algo talvez mais simples. Acrescento duas hipóteses: 1. Como eu disse acima, o dia com um bebê recém-nascido é beeeem punk! A gente já acorda cansada da noite mal dormida e tem um dia exaustivo fisica e psicologicamente. Quando chega esse horário o cansaço vira irritação. A poucas semanas atrás mãe e bebê estavam fisicamente ligados e essa simbiose de alguma forma continua fora do útero. O bebê continua a sentir as emoções da mãe e fica, ele também, irritado. Hipótese 2. Assim como o dia é cansativo pra mãe, ele também é cansativo pro bebê, que está em um ambiente novo, absorvendo a enorme quantidade de informações a seu redor. São novos cheiros, novos barulhos, novas pessoas... Quando chega o final do dia esse cansaço se exprime em forma de choro. Em todas as hipóteses, o choro é só a forma que o bebê tem de comunicar que algo não está legal. Como ele não tem a complexidade de pensamento que nós temos, não é capaz entender e nomear esse mal-estar. Ele só sabe “dizer” (sentir): ruim e assim chorar.

Mas voltando a pediatra, perguntei especificamente sobre a cólica e tudo que tinha lido. Ela perguntou se eu senti diferença parando com esses alimentos, eu disse que não, então ela explicou ponto a ponto. A relação entre cólica e laticínios vem muito da crença de que deve-se beber leite para ter leite. Muitas mães aumentam a quantidade de leite e produtos derivados acreditando que isso fortifica/aumenta a produção de leite. O exagero produziria cólica, a ingestão habitual, não (salvo exceções, claro). Sobre o café, ela disse que há anos atrás dava-se cafeina aos prematuros. Ou seja, o pouco de cafeina que eu tomo e passa no leite não pode fazer tanto mal. Os cítricos é uma lenda urbana, já que não é porque um produto é cítrico que ele passa sua acidez ao leite. O leite materno, ela frisou, é o alimento mais sob medida que existe, é feito especialmente para o meu bebê e contém exatamente aquilo que ele precisa naquele momento preciso. Que o bebê já vinha comendo o que eu comia na barriga e que por conta disso já estava adaptado a tudo aquilo que eu já ingeria. Uma alimentação equilibrada e sem exageros era tudo que nós duas precisávamos.

E finalmente chegamos no ponto do texto no qual eu apresento a minha solução mágica, a única coisa que realmente funcionou com a flor e teve efeito quase instantâneo: o slig! Pouco depois dessa visita a pediatra eu comprei e chegou um wrap sling. Eu testei num desses choros pois minhas costas doiam de dar colo. Uns 5 minutos depois de insalada, ela já estava num sono profundo! Virou a solução aqui em casa, em casa de choro doido, sling nela! Dentro do sling, o bebê tem o combo maravilha: posição similar a do útero, ouvido colado no peito, o som dos batimentos cardíacos, nariz pertinho do cheirinho de mãe (ou de leite rs), calor produzido e trocado entre os corpos. Quer coisa melhor? 

Sling é amor!

O colo, o carinho, a compreensão, o acalanto, o shhh shhh shhh perto do ouvido, o mama, o balançar, o entender... Tudo isso são formas de dizer/mostrar ao bebê que está tudo bem. Que ele é amado. Que ele está seguro. Que mamãe (e/ou papai) está aqui, com ele, pra ele. E assim, e com o tempo, o choro passa.