O verbo que tem regido minha gravidez
Desde que
descobri que estava grávida resolvi ouvir meu corpo. Como aquilo que me der
vontade, sem restrições. Não li nada sobre os proibidos para grávidas,
acreditei realmente que meu corpo sabe o que é melhor pra mim, independente das
crenças culturais. Eu que sempre amei café não aguentava tomar meia xícara,
depois descobri que a cafeína não é aconselhada. O corpo é sábio. Me permiti
tirar cochilos durante a tarde antes de saber que a fatiga é um sintoma super
comum do início de gravidez. Me permiti comer carne, mas admito que tenho
vergonha de dizer... Tomo água como nunca na vida! E olha que eu morei em
Brasília e nem na mais braba das secas eu tinha tanta sede!
Sempre fui a
favor do parto humanista. Acho lindo o conceito, o tempo da mulher, do bebê, o
encontro. Mas quando fiquei grávida a mudança que o parto vai provocar no meu
corpo, as dores que vou sentir nesse momento, o medo de não estar preparada
para parir do meu jeito, no meu tempo... Eu confesso que pensei: por que não ma
cesárea? Quem está lendo pode achar um absurdo, dizer que faz muito mais mal
pro corpo e pra alma, sua e do bebê (especialmente depois de tudo o que eu
falei sobre o parto natural). Mas eu estou sendo egoísta, bem egoísta, como me
disseram pra ser nesse momento. Estou me permitindo ler sobre, me informar
sobre e decidir aquilo que é melhor para mim, independente dos outros,
independente daquilo que todos acham ser melhor e dos muitos vídeos que me
mandaram.
Sempre fui
muito radical sobre a forma de criar. Educar um bebê é dar estrutura para a
criança se sentir segura, é estar próxima para que ela se sinta confortável
para arriscar e descobrir, mas não tão próxima que ela não precise se arriscar
ou descobrir. A comunicação é a base para isso, e quando ela for crescendo, a
importância das palavras também vai crescendo. Conversar sempre e muito para
que duas vontades se alinhem. E claro, com toda essa criação perfeitamente
idealizada, minha filha seria a criança perfeita. Não faria birra, não seria
dessas crianças chatinhas (que absurdo dizer isso!), me escutaria... Mas nunca
imaginei de forma concreta em como ela se tornaria esse ser perfeito. Nunca
imaginei como reagir as tais birras que nunca aconteceriam, se um dia
acontecerem. Nem como reagiria com toda essa racionalidade que eu imagino que
terei num momento de irritação por outros motivos (a gente desconta em quem
está próximo, não é?). Nunca pensei em como lidar com os momentos mais humanos,
sejam meus, dela ou do marido. E dá um medo! Então me permito ser só
suficientemente boa. Lá vou eu nas minhas pesquisas e leituras para saber o que
é melhor para nós, para a nossa relação.
E assim a
lista vai, me permitindo ser, sentir e agir como eu sou, sinto e ajo.
Na esperança
de que eu consiga levar isso pra depois da gravidez, que eu me permita ser e
sentir sem restrições! Que todos nós consigamos...
Também acho, permitir-se é essencial!
ResponderExcluirPra tds!!! :))
ExcluirVocê será uma mãe maravilhosa, se permitindo sempre! Adorei post... e muitas surpresas virão!!!
ResponderExcluirSe for como você, serei mesmo!!
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